terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Um novo conceito de residência


Quando se pensa nas casas do futuro, a primeira ideia que passa pela cabeça das pessoas é a de um espaço cercado de tecnologia inacessível.
Mas se pararmos para refletir, o futuro é agora. Essa é a hora de pensarmos em um novo desenho de residência, onde vários fatores devem ser levados em consideração. Dois deles são imprescindíveis: o perfil da família atual
 e a questão da sustentabilidade.
O lar da família de décadas atrás compreendia três divisões: o da esfera social, o da esfera íntima e o da esfera dos serviços. Atualmente, essas divisões perderam o sentido, uma vez que, tais esferas se fundem e dão origem a novos ambientes, devido ao atual biotipo das famílias. Exemplificando: salas de estar que se misturam às cozinhas, onde são recebidas as visitas que interagem com o anfitrião; quartos que não tem apenas a função de descanso, mas também de estudo e diversão; salas de TV e de estar que se misturam, proporcionando maior interatividade entre família e amigos; jardins que não tem apenas a função de decorar, mas também a de relaxamento; salas de jantar e estar que se unem formando um agradável espaço. Essa nova divisão começa a surgir, conferindo um aspecto diferente às residências.
A automatização das casas consiste em algo interessante a ser pensado nesse novo modelo. Já existem sistemas onde segurança, climatização, entretenimento e iluminação são interligados e podem ser acionados de qualquer lugar, seja pelo computador ou telefone celular, o que além de facilitar a vida dos moradores, ajuda na hora de economizar, medindo o consumo de energia elétrica e providenciando reduções por cômodo.
Quanto à sustentabilidade - assunto muito difundido nos dias atuais, devido à grande preocupação com o planeta - existem várias formas de projetar residências, usando materiais e técnicas que reduzem o consumo e impacto ambiental, colaborando assim, com nosso planeta. Entre elas, algumas merecem destaque: a água dos chuveiros e torneiras, sendo reaproveitada para a descarga dos banheiros; a água da chuva, sendo captada no telhado para reaproveitamento no jardim; o planejamento de iluminação, com amplas janelas e luzes de LED de baixo consumo, reduzindo a conta de energia elétrica; o aquecimento de água feito com placas solares; o uso de placas fotovoltaicas que geram energia elétrica; telhados com cobertura vegetal, que reduzem a variação de temperatura, em relação ao ambiente externo, evitando o uso do ar-condicionado; válvulas de descarga com dois níveis de acionamento; reaproveitamento de materiais na obra.
Como se trata de exceção, a construção de um edifício sustentável ainda é cerca de 10% mais cara. Porém, os benefícios são comprovados posteriormente com a diminuição dos gastos nas contas de consumo, bem como na manutenção.
Chegamos à conclusão de que o redesenho das residências é fundamental para se adaptar os espaços ao modo de vida atual que é dinâmico, digitalizado, atualizado e acelerado.
O futuro chegou. A hora de mudar é agora.









Matéria escrita para o jornal Correio Mariliense por Cássia Freire Marcos.







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